Incentivos de DAISAKU IKEDA, Dr.e Professor Emérito

"Quando o problema serve como uma motivação para que a pessoa abrace o Gohonzon, o estado de Inferno é imediatamente transformado em estado de Buda." (SSL., Vol. 1. p.146)

domingo, 24 de outubro de 2010

Relato de Camila Kogake


Relato de experiência 24/10/2010

Bom dia!
Meu nome é Camilla Kogake, tenho 15 anos e sou responsável da DFJ da Comunidade Hamana da Área Shizuoka.
Nasci em uma família budista, e faço daimoku e gongyo desde pequena. Todos os dias faço 1 hora de daimoku para a realização dos meus objetivos.
Já tive várias suspeitas de doenças. Uma delas, ainda na barriga da minha mãe suspeitaram um cisto intra-craniano. E quando eu tinha 2 anos, tive convulsão, o médico solicitou exames minuciosos, mas como no Brasil era muito caro, acabamos não fazendo este exame, só consegui fazer este exame aqui no Japão, pois tinha o seguro de saúde e o médico falou que eu não tinha nada de anormal, e que estava tudo bem. Senti o quanto foi importante o Daimoku dos meus pais.
A 2 anos atrás com a crise, meus pais perderam emprego e tive que sair da escola brasileira. Entrei no último ano do ginásio do escola japonêsa. Não sabia falar nada de japonês, apenas sabia ler e escrever hiragana e katakana , por isso tive que me esforçar muito , pois no ano seguinte eu tinha que entrar no colegial. Estudei muito e todos os dias realizava meu Gongyo e minha 1 hora de Daimoku sem falta. Consegui entrar no colegial,foi muito difícil no começo, mas fui me adaptando e até consegui ficar entre os melhores da classe.
Com todo esse esforço para entrar no colegial, comecei a emagrecer muito, e no exame de eletrocardiograma realizado na escola, detectaram alterações no meu batimento cardíaco, e a escola me encaminhou para um hospital para refazer esses exames. Fiz ressonância do coração, e mais alguns exames mais específicos. E não constataram nada de anormal de novo. O médico falou que era stress devido à escola.
Após isso nas férias, continuava a emagrecer, minha barriga estava muito dura e inchando cada vez mais e a minha menstruação estava irregular, mas eu não sentia nenhuma dor. Então eu e a minha mãe fomos no ginecologista e a médica falou que eu teria que fazer uma cirurgia de emergência, pois estava com um cisto no ovário. Fui encaminhada para um hospital grande. Fiz tomografia, exames de sangue, ressonância, e o medico assim que viu o meu exame falou que era um tumor muito grande e raro, e que de tão grande que estava, não entrava nem no raio-x porque tinha mais ou menos 20 cm. Ele tinha desenvolvido no ovário e cresceu até perto do estômago. Ele também disse que como tinha crescido muito teria que fazer um corte muito grande em pé para retirá-lo inteiro. Ficamos muito assustadas mas ao mesmo tempo eu não estava com medo, olhei para minha mãe e disse: calma mamãe, eu estou preparada; eu sabia que tinha uma coisa ruim dentro de mim. Voltamos para casa, falamos para todos da família e amigos sobre a cirurgia que eu teria que fazer. E para nos acalmar e nos fortalecer mais ainda, lançamos uma corrente de daimoku junto com todos. E principalmente na minha família, fizemos muito daimoku confiantes de que a minha cirurgia seria um sucesso. A minha mãe questionou porque que eu que fazia muito daimoku teria que passar por essa cirurgia. Recebi vários incentivos e entendi que isso aconteceu comigo porque eu tinha que cortar esse karma determinado, e era uma grande missão, uma oportunidade para realizar a nossa revolução humana.
Poderia ter sido algo mais grave porque, poderia ter sido uma cirurgia muito complicada,pois começou com um cisto na cabeça, problema no coração, e através do meu daimoku foi parar num lugar mais fácil de ser operada.
Um dia antes da operação fui internada e o médico disse que ele queria fazer um corte pequeno, mas dependendo se esse cisto estivesse grudado em algum órgão teria que fazer um corte maior e mais uma cirurgia a parte, e seria um pouco mais complicado. E sobre a anestesia, eu teria que ser forte porque ele queria dar a epidural comigo acordada para não ter erro, e em seguida a anestesia geral. Nesta noite na cama do hospital, eu fiz gongyo e daimoku mentalizando que daria tudo certo na operação, e que eu seria forte .
Chegou o dia; minha família e amigos desejaram-me boa sorte, e ficaram na sala de espera fazendo daimoku. Mas para minha sorte eles decidiram dar primeiro a anestesia geral e depois a epidural, pois o meu batimento cardíaco estava alterado. A minha cirurgia foi um sucesso. Foram quase 3 horas de cirurgia e foi feito um corte de 5 cm, e quando eles sugaram o líquido, a pele que envolvia o cisto não estava grudado em nenhum órgão. Foram retirados três litros de água com sangue, e mais 300 gramas de gordura. O meu ovário direito não precisou ser retirado pois só precisou ser cortada uma parte que estava ruim. Entrei no hospital com 48 kg e sai com 43 .
A minha recuperação foi um sucesso, não senti dores e fiquei internada uma semana. O médico tinha falado que eu só poderia ir para a escola em outubro, mas acabei indo 2 semanas antes porque eu já estava bem. Agora na minha família através do que aconteceu comigo, ficamos mais unidos, e continuamos a nossa corrente de daimoku com muita gratidão e convicção de que não há oração sem resposta. Com isso, aprendi que jamais devemos perder a nossa fé, continuar orando o Nam-myoho-rengue-kyo e nos fortalecer sempre. Estou muito feliz de que através de mim muitas pessoas ainda continuam fazendo daimoku e que eu fui o ponto de partida para todos acumularem boa sorte.
Gostaria de agradecer a todos que juntamente com a minha família fizeram muito daimoku, e que através disso estão no caminho da sua própria revolução humana.
Finalizando gostaria de ler um trecho do Sensei que recebi quando estava no hospital e que me incentivou muito:
Se tiver um sonho, com certeza terá felicidade e vitória.
O seu sonho, é só você quem possui.
O tesouro da sua vida, é só você quem possui.
A sua missão, é só você quem possui.
Então quem possui a chave da vida é você!
Obrigada.

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